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  • Foto do escritorMarcela Silva Teixeira

Constantes evoluções

Atualizado: 10 de jul. de 2018

DIA 3

Quem segue afirmando que o jornalismo está com os dias contados, realmente, não sabe o que diz. Ao contrário, é uma área muito ampla e que segue se reinventando e caminhando rumo ao novo. O futuro do jornalismo está na tecnologia e em como usá-la ao nosso favor. Esse leque de opções foi aberto e demonstrado hoje pela manhã pela jornalista Isabela Giantomaso. As possibilidades atuais mesclando comunicação e inovação são enormes e provam, de uma vez por todas, que ainda há muito caminho para trilharmos. Isabela foi capaz de ativar a nossa imaginação e criatividade e, agora, é o momento para colocarmos tudo em prática.


Posteriormente, o destino era o ESMA (Espacio Memoria y Derechos Humanos). No entanto, a atração anterior acabou sendo o trem. Nos tornamos pequenos dentro da gigante estação. Além de amigos, colegas de trabalho e profissão, os hermanos se tornaram guias. Sinalizavam cada parada e, no trajeto, apresentavam a cidade e sua história em cada esquina. Chegando ao destino principal (e final), de imediato, já foi possível sentir tamanha desumanização. Não que no Brasil já não tivéssemos passado por algo semelhante, mas, uma ditadura é sempre uma ditadura. Histórias de horror ilustram as paredes do local do chão até o teto. O ponto comum da prática da tortura encontra-se quando a força sobrepõe a razão, fazendo aquilo que nas palavras de Daniza Biazevic, autora de “A História da Tortura", é uma forma de desumanizar a humanidade. Os atos de tortura estão sempre ligados ao poder, este é um elemento fundamental para as análises que buscam entender os motivos e anseios de um torturador. O documentário “O Ato de Matar”, de Wagner Herzog, demonstra claramente o que acontece em uma sociedade quando a tortura é popularizada e tornada comum: a banalização da violência. Apesar de despertar extrema tristeza, locais como esse são choques de realidades necessários. Todos precisam saber o que aconteceu e não compactuar, jamais, com algo parecido, em suas distintas formas de violência. Não se comete o mesmo erro duas vezes. Isso é, pelo menos, o que esperamos.

Ainda que o corpo estivesse pesado após tanta história argentina, as programações do restante do dia continuavam. A indecisão de assistir ao jogo do Brasil na praça ou no bar se manteve por alguns minutos, os quais pareciam eternos antes do apito inicial da partida. Vencedor por uma não unanimidade, o bar foi o local escolhido. Locos X el Fútbol estava completamente lotado, especialmente, de brasileiros, mas era possível encontrar outras nacionalidades. Mesmo acompanhando o jogo pelo lado de fora do estabelecimento, consegui observar os pontinhos verdes e amarelos se curvando cada vez mais e mais em suas cadeiras. Ainda que a derrota tenha levado embora o hexa, o fato já comprovado com o Juan, o taxista do primeiro dia, se manteve. Os argentinos deixaram de lado as diferenças e gritavam pela seleção brasileira. “¡Vamos Brasil! Representa la América Latina”, chegou a dizer uma senhora na rua.

Assim que o jogo acabou começou a chuvar. Falaram que Deus era brasileiro e chorava pelo placar, independente de sua real nacionalidade, o dia esfriou drasticamente. Assim, a volta para o hotel pareceu mais longa e dolorosa. Porém, chegamos. Pijamas colocados, cobertas acionadas e mente trabalhando. As pautas precisam nascer. Caminando!



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