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Foto do escritorMarcela Silva Teixeira

La calle es la respuesta

Atualizado: 10 de jul. de 2018


DIA 2

Menem, Fernando de la Rua, Néstor Kirchner e Macri. O dia iniciou repleto de história, política e cultura. Bases sólidas para que possamos, além de tomar conhecimento da atualidade do país, fazer com que nossas pautas reflitam a realidade. É incrível e um tanto quanto assustador perceber as semelhanças entre a Argentina, o Brasil e outros países vizinhos. Estamos, realmente, todos nos mesmo barco. Uns com mais buracos no barco do que outros, mas, todos na mesma. Claro que para estar preparada para uma manhã intensa, não pensei duas vezes ao escolher as medialunas no café da manhã. P.s.: percebe-se que, por aqui, a comida acaba sendo um fio condutor. Quem sabe ela seja mesmo.

Encerrado o debate sobre o histórico argentino, seguimos a caminho do La Nación. O táxi parou na sinaleira e uma senhora, de aproximadamente 80 anos, portando um cartaz em seu pescoço com dizeres clamando por comida e dinheiro, começou a abordar os carros em sua frente. No nosso, conseguiu umas moedas com o taxista, “No tengo nada más para dar. Pero ahora ellos ni las monedas quieren más, vale muy poco. Paso aquí ochenta veces al día, no tengo como dar siempre”, ele conta. E, assim, a senhora segue em direção aos outros carros da fila, encolhida tentando se proteger do frio. De fato, as pautas estão nas ruas e nos momentos mais inesperados, basta saber olhar.

Com tanta gente trabalhando aqui dentro, se eu me instalar e ficar, será que vão perceber? Esse foi o pensamento durante a estadia no La Nación. A redação encantou a todos, o dia a dia de um jornal, além de ser uma loucura, é uma loucura convidativa. O triângulo tocou, assim como no The New York Times, e é hora da reunião começar. Admito que a vontade era adentrar na discussão e perguntar, opinar e, até quem sabe, questionar. A experiência de poder participar de uma reunião de pauta como essa irá somar com tantos outros momentos únicos que ainda teremos durante os próximos dias.

Já de volta ao hotel, inicia-se a conversa sobre o uso do celular dentro do jornalismo. Afinal, hoje conseguimos produzir todas as instâncias presentes na comunicação nas palmas das nossas mãos. O interesse pelo audiovisual gritou ainda mais alto no momento em que Juan Martín, empreendedor digital, começou a mostrar os aparatos e aplicativos para filmagens e fotografias. Cada vez está mais claro que para fazer muito precisamos de pouco. Os obstáculos tecnológicos se distanciam à medida que as inovações vão nascendo. Assim, depois de um longo dia de conhecimento, tudo acaba em pizza. Caminando!



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